Resumidamente, a pregnenolona mantém o cérebro funcionando na sua capacidade máxima.
A Pregnenolona é produzida em diversos órgãos e
tecidos como a glândula adrenal, fígado, pele, gônadas (testículos e ovários), tecido nervoso e até nas células da retina. A quantidade produzida no organismo irá depender da quantidade de colesterol nas mitocôndrias das células produtoras, pois são nessas organelas que as enzimas que convertem colesterol em Pregnenolona estão presentes. É conhecida como “a mãe dos hormônios”, pois é um precursor do DHEA (hormônio dehidroepiandrosterona), da progesterona, da testosterona e de outros hormônios.
Além de
ser precursor de vários outros esteroides atuando indiretamente nas mais diversas funções orgânicas, atua também com antagonista do GABA (ácido gama amino butírico) que é um neurotransmissor inibitório.
A
Pregnenolona impede a ligação do GABA aos seus receptores, impedindo sua ação inibitória. A estimulação dos receptores gabaérgicos leva o indivíduo a um estado de “relaxamento e de lentidão mental”. Com o envelhecimento, o nível de esteroides e seus precursores (como a Pregnenolona) começam a diminuir, ocasionando falta de memória e lentidão de raciocínio. A administração de Pregnenolona minimizaria esses efeitos.
Resumidamente, a pregnenolona mantém o cérebro funcionando na sua
capacidade máxima. Ela assume um papel muito importante na disposição, energia,
menopausa, reposição hormonal e imunidade, pois melhora a performance mental, facilita a aprendizagem e a adaptação ao
stress, aumenta a concentração e a produtividade, previne a fadiga mental e a
depressão e melhora a coordenação psicomotora.
Em 1950, Dr. Edward Anderson um célebre
neurofisiologista, publicou no Jornal de Endocrinologia a seguinte frase
" A Pregnenolone parece ter nítidos benefícios e merece a
atenção do meio médico, além de não terem sido evidenciados nenhum
efeito adverso na fisiologia endócrina ,e sua ação mostrou-se promissora
no tratamento das doenças correlacionadas ao processo de envelhecimento
".
Questiona – se por que, por tanto tempo, este
hormônio esteve esquecido, e a razão é que a lei da patente não permite
exclusividade de comercialização de moléculas idênticas ao organismo humano. A
pregnenolona é uma molécula difícil de ser modificada para ser comercializada
como molécula diferente da sua forma original no organismo. Na mesma época foi
descoberto o Cortisol que em relação à pregnenolone é fácil de ser modificado
em laboratório e consequentemente mais fácil de ser patenteado como uma
molécula exclusiva e diferente. Hoje existem várias formas de cortisol não
bioidênticas disponível no mercado (ex: Acetato de Hidrocortisona,
Predinisolona, Betametasona e etc).
Recentes
pesquisas demonstraram que a pregnenolona tem maior pico de secreção
(17,5mg/dia) ao redor dos 20 anos de idade e a partir dos 30 anos, sua secreção
declina vertiginosamente, ao redor dos 60 anos de idade sua secreção diminui 7
vezes (2,5mg/dia) comparado quando aos 20 anos de idade.
Acredita – se que
30 mg de pregnenolona, pode ser uma quantidade razoável para tomar, dependendo da idade, sexo e outros fatores.
Alguns efeitos
adversos são: a pele acneica, raiva, agressão,
irritabilidade ou ansiedade, perda de cabelo, dores de cabeça, insônia e sudorese noturna. Devido a uma falta de pesquisas
não se sabe o que pode ter efeitos o Pregnenolone sobre a glândula tireoide ou
outros órgãos do corpo.
Autor: Dr. Marcus Athila
Farmacêutico graduado pela Universidade do Grande Rio, Pós Graduado em Farmacologia Clínica pela Santa Casa da Misericórdia,Pós Graduado em Farmacologia pela Santa Casa de Misericórdia, Pós graduado em Geriatria e Gerontologia pela UERJ, Membro Titular da Academia Brasileira de Farmácia Militar- ABRAFARM, Presidente Licenciado da AFAERJ-Associação dos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro, Conselheiro Efetivo CRF-RJ mandato 2012-2014, Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas -CEPOPD, Gestão 2014-2015, É responsável pelas Câmaras Técnicas de Farmácia Comunitária, Farmácia Magistral Alopática e Homeopática do CRF-RJ, Membro da Câmara técnica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia seccional Rio De Janeiro-SBGG-RJ, gestão 2014-2016, e Atualmente é Presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro.
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