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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Funções da Vitamina D

Vários estudos clínicos e epidemiológicos também têm demonstrado que a deficiência de Vitamina D está envolvida no aparecimento de alguns tipos de câncer, inclusive o câncer de pele.



         Vitamina D é um termo impreciso, pois se refere a um ou mais membros de um grupo de esteróides, os seco-esteróides. Existem duas formas ativas da Vitamina D: a vitamina D2 e a vitamina D3, ambas com atividade antirraquítica.

         A vitamina D2, ou ergocalciferol, está presente nos alimentos de origem vegetal, é a forma utilizada na fortificação de mamíferos. Já a vitamina D3, ou colecalciferol, resulta da transformação  existente na pele dos mamíferos, pela ação dos raios ultravioletas do sol, e também é encontrado nos óleos de fígado de peixes.

         A vitamina D, ingerida nos alimentos, é absorvida no intestino delgado, principalmente no jejuno, na presença de sais biliares e, assim como a vitamina A, é transportada ligada às lipoproteínas através da via linfática até o fígado, onde ocorre sua conversão enzimática.

         A função hormonal da vitamina D auxilia no metabolismo mineral normal, principalmente na homeostase do cálcio e do fósforo. A vitamina D é principalmente utilizada para prevenir desordens ósseas, como raquitismo, no caso de crianças e osteomalácia, osteopenia e osteoporose no caso de adultos.

          Em idosos, a vitamina D também vem sendo utilizada na prevenção e tratamento da sarcopenia ( ou perda de massa muscular ). A sarcopenia é uma das variáveis utilizadas para definição da síndrome de fragilidade, que é altamente prevalente em idosos, conferindo maior risco de quedas, fraturas, incapacidade, dependência, hospitalização e mortalidade.

         Estudos vêm demonstrando o efeito anabolizante da vitamina D, onde percebeu – se aumento da força muscular, do desempenho físico, redução de quedas em idosos e aumento do peso corpóreo em pacientes com osteomalácia.

         Outra propriedade muito importante da Vitamina D refere – se à sua ação imunomodulatória. Estudos epidemiológicos sugerem uma marcante associação entre a deficiência de Vitamina D e o aumento da incidência de doenças autoimunes. Vários estudos clínicos e epidemiológicos também têm demonstrado que a deficiência de Vitamina D está envolvida no aparecimento de alguns tipos de câncer, inclusive o câncer de pele. Seu efeito imunomdulatório pode ser explicado pela capacidade de diversas células do sistema imune em produzir o hormônio D e a presença de receptores de vitamina D nessas células, que regulam várias fases do crescimento celular.

         A dosagem usual pode variar de 200 UI à 3000 UI, que dependerá de vários fatores como sexo, idade e gestantes ou não. Lembrando que a dosagem excessiva de vitamina D pode resultar em séria toxicidade. Os principais sintomas incluem a hipercalcemia, hipercalciúria, anorexia, fraqueza, dores articulares, constipação intestinal, entre outros. As concentrações plasmáticas de fosfato devem ser controladas durante a terapia com a vitamina D para reduzir os riscos de calcificação ectópica.

É importante ressaltar que a ingestão dietética de vitamina D é frequentemente insuficiente, suprindo apenas 20% das necessidades.


Em caso de dúvidas quanto à posologia, interações e efeito terapêutico, procure o seu farmacêutico!


Autor: Dr. Marcus Athila

Farmacêutico graduado pela Universidade do Grande Rio, Pós Graduado em Farmacologia Clínica pela Santa Casa da Misericórdia,Pós Graduado em Farmacologia pela Santa Casa de Misericórdia, Pós graduado em Geriatria e Gerontologia pela UERJ, Membro Titular da Academia Brasileira de Farmácia Militar- ABRAFARM, Presidente Licenciado da AFAERJ-Associação dos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro, Conselheiro Efetivo CRF-RJ mandato 2012-2014, Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas -CEPOPD, Gestão 2014-2015, É responsável pelas Câmaras Técnicas de Farmácia Comunitária, Farmácia Magistral Alopática e Homeopática do CRF-RJ, Membro da Câmara técnica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia seccional Rio De Janeiro-SBGG-RJ, gestão 2014-2016, e Atualmente é Presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro.

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