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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Incompatibilidade na administração de medicamentos injetáveis no CTI de um hospital universitário: relato de caso


Luiz Filgueira de Melo Neto1, Gilberto Barcelos Souza1, Nayara Fernandes Paes1, Bruna Figueiredo Martins2Amanda Castro Domingues da Silva2Rachel Nunes Ornellas1Mauricio Lauro de Oliveira Júnior1, Luiz Stanislau Nunes Chini2, Mariana Souza Rocha1, Águeda Cabral de Souza Pereira1 & Márcia de Souza Antunes1.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail:farmácia@huap.uff.br





Introdução: A administração dos medicamentos aos pacientes internados em unidades de saúde é de responsabilidade da Enfermagem. Assim, é importante que, durante a terapia medicamentosa, esse profissional esteja atento a possíveis erros médicos, com o objetivo de minimizar os danos aos pacientes. No Centro de Terapia Intensiva (CTI), devido à complexidade e à frequência dos procedimentos, a ocorrência de erros tende a ser maior.  

Objetivo: Identificar as possíveis incompatibilidades entre medicamentos injetáveis prescritos aos pacientes internados na Hematologia de um Hospital Universitário.

Metodologia: Relato de caso, em Setembro de 2017, com metodologia observacional das incompatibilidades nos medicamentos injetáveis prescritos, exceto, para as soluções de pequeno volume (SPPV) para reposição eletrolítica. Estudo utilizando a base de dados Micromedex Solutions® como referência. Projeto CAAE nº 65893617.3.0000.5243. 

Resultados: História Clínica: Paciente HSG, sexo masculino, 62 anos, portador de mediastinite, admitido em27/06/2017, devido a perfuração de esôfago por corpo estranho. Durante o período da internação foram administrados os seguintes medicamentos injetáveis para infusão continua ou intermitente: Omeprazol, Bromoprida, Fentanila, Midazolam, Piperacilina-Tazobactama, Vancomicina, Haloperidol e Dexmedetomidina. Através de consulta a base de dados citada, foram identificadas as seguintes incompatibilidade IV. Interação nº 1: Haloperidol x Vancomicina (em Soro Fisiológico); Interação nº 2: Haloperidol x Ondansetrona (em Cloreto de Sódio 0,9%); Interação nº 3: Haloperidol x Piperacilina; Interação nº 4: Midazolam x Omeprazol; Interação nº 5: Midazolam x Piperacilina; Interação nº 6: Omeprazol x Vancomicina; Interação nº 7: Fentanila x Haloperidol (em Cloreto de Sódio 0,9%); Interação nº 8: Haloperidol x Midazolam (em Cloreto de Sódio 0,9%). Das interações registradas, 50% ocorreram com medicamentos para administração em infusão contínua. O Haloperidol estava envolvido em 50% das incompatibilidades.

Conclusão: Pacientes internados em hospitais estão sujeitos a algum tipo de incompatibilidade medicamentosa durante a sua internação. Para a prevenção desse tipo de erro, o Farmacêutico deve implementar a busca ativa, tendo em vista que a existência de interações e incompatibilidades de medicamentos injetáveis é um risco permanente em hospitais.

Poster in: 9º Congresso Riopharma de Ciências Farmacêuticas. 21 a 22 de setembro de 2017. Rio de Janeiro. RJ. Brasil.

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